Assédio moral - Conceito

O assédio moral no trabalho é definido como uma conduta abusiva, repetitiva e sistemática que compromete a dignidade e a saúde física e mental do trabalhador, segundo o CNJ. Apesar de antigo, o tema ganhou destaque nos anos 1990, com estudos mostrando seu impacto negativo na produtividade, aumento do absenteísmo e danos psicológicos.

Ambientes de trabalho competitivos frequentemente estimulam comportamentos humilhantes, como ilustrado por Roberto Heloani em situações vexatórias impostas a trabalhadores. Embora seja um problema global, países desenvolvidos lideram em pesquisas e medidas contra o fenômeno. No Brasil, a Justiça do Trabalho tem sido essencial para reparações legais.

Ainda assim, muitas vítimas não denunciam, temendo represálias ou perda do emprego. Isso reforça a necessidade de conscientização e ações que promovam ambientes de trabalho mais respeitosos e dignos. Fonte: (2022, gov.br)

DADOS técnicos

Orientações para confecção do site

Esse site foi desenvolvido com o intuito de relacionar o livro “ Filhos do quarto “ com o tema Assédio Moral no trabalho, esse é um projeto interdisciplinar de IW – Interfaces Web com a professora Cíntia Pinho e de Língua Portuguesa com a professora Amanda Chagas.

O livro Filhos do Quarto tem como objetivo ajudar a acender a vontade de ter uma vida plena, de paz, amor, e a encontrar luz no quarto interior. Ele aborda a ideia de que o quarto pode ser um refúgio momentâneo, mas que se permanecermos nele por muito tempo, escondendo nossos problemas, angústias e medos, podemos ser sugados. O livro também fala sobre como agir diante de situações de perda, trauma, perseguição ou qualquer outra experiência que nos abale.

No livro a mãe da personagem principal passa pela experiência do assédio durante o expedinte em seu emprego. Por isso pesquisamos e nos aprofundamos neste tema e montamos este site baseado em nossas pesquisas e entrevistas.

Relação

A relação com o Livro

Filhos do quarto

Por Robson Araújo

Suinara, 2023

"Filhos do Quarto" é um romance de drama e mistério que explora os segredos de uma família disfuncional e os efeitos de um evento trágico no passado. A história gira em torno de uma casa isolada no interior, conhecida como "o quarto", onde quatro irmãos cresceram cercados por conflitos, sonhos desfeitos e uma verdade obscura que nunca foi plenamente revelada. Enquanto os protagonistas enfrentam a vida adulta, são forçados a voltar para a casa da infância devido a circunstâncias inesperadas, confrontando memórias dolorosas e revelações chocantes sobre seus pais e uns sobre os outros. O livro mergulha profundamente nos laços familiares, nas complexidades emocionais e no impacto das escolhas do passado no presente.

Nós conseguimos relacionar o tema e o livro pois em “Filhos do quarto“ a Teresa, mulher viúva e consequentemente mãe solo, perde o seu marido e começa a ter um rendimento ruim no trabalho. Percebendo isso, sua chefe e a sua colega que ela considerava amiga, começam a debochar dela, fazendo ela diariamente se isolar em seu quarto depois do trabalho. Com isso, nosso grupo percebeu que pessoas que estavam ao redor de Teresa, não respeitaram o espaço de luto dela e, principalmente, zombavam dela diariamente, isso se configura assédio moral a partir do momento em que essas más condutas e tal perseguição acontecem diariamente.

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Reportagens

Assédio moral no mercado de trabalho

Empresa é condenada a pagar R$ 43,5 mil à vítima de assédio sexual e moral

A 11ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região condenou uma empresa ao pagamento de indenização por danos extrapatrimoniais em razão da prática de assédio sexual e moral contra uma funcionária. A condenação, arbitrada no valor de R$ 43.519,40, contempla também os danos morais decorrentes de doença ocupacional. Por se tratar de lesão que atinge a coletividade, a empresa ainda foi condenada a adotar medidas preventivas para o combate à violência de gênero no ambiente de trabalho.

Ao apreciar o recurso da reclamante, o órgão colegiado entendeu que as provas produzidas no processo demonstraram a ocorrência de assédio sexual e moral, praticado pelo superior hierárquico da trabalhadora, por meio de manipulação emocional, abuso de poder e disseminação de comentários desrespeitosos e objetificadores.

Também ficou comprovado que os colegas de trabalho faziam piadas e se referiam à trabalhadora de forma humilhante, chamando-a de “marmita do chefe”, por exemplo, e tecendo comentários que associavam sua posição profissional a favores sexuais. Conforme constou no acórdão, “a omissão do empregador em adotar medidas eficazes para coibir o assédio moral e sexual justifica a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais”. Fonte: (2024, TRT15)

“Eu não consigo respirar”: o assédio moral “sufoca” o bem-estar no trabalho e adoece

Era uma tarde fria de fim de inverno no sul do Brasil. Havia terminado a minha primeira palestra sobre assédio moral no trabalho em uma empresa pública federal. Várias pessoas solicitavam minha atenção, ofereciam abraços e contavam histórias. Até que só ficou ela. Uma senhora bonita, segundo relato, próxima da tão sonhada aposentadoria. Ela então me diz com alguma ternura que a palestra havia dado um nome para o terror que havia vivido há alguns anos e que tirou todo o brilho, toda a alegria em ir para o trabalho.

A ternura, logo virou raiva e depois tristeza enquanto narrava o que viveu: sabotagens, retirada de tarefas importantes, ironias, piadas, proibições infundadas, gritos, controle e muita agressividade. Tudo isso repetido dia após dia. Até que ela adoeceu, não conseguia mais ir ao trabalho, bastava passar na porta do prédio e começava a sentir falta de ar, sudorese, medo excessivo: “Eu não conseguia respirar! Simplesmente não conseguia respirar só em avistar o local que antes eu amava tanto. E com o tempo comecei a achar que eu era fraca emocionalmente, mas hoje você deu nome ao que eu vivi: Assédio Moral no Trabalho”. Fonte: (2021, TJDFT)

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Hipermercado é condenado a reparar funcionária por danos em decorrência de assédio sexual e moral no ambiente do trabalho

Um hipermercado goiano foi condenado pelo Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Anápolis (GO) a reparar uma ex-funcionária pelos danos sofridos durante o contrato de trabalho. A mulher foi vítima de assédio sexual cometido por um colega e também sofreu assédio moral pelos superiores hierarquicos. O juiz do trabalho Rui Carvalho fixou em R$ 65 mil o valor da indenização por danos morais que deverá ser pago pela empresa à ex-funcionária.

Na ação trabalhista, a empregada alegou ter passado por situações de assédio sexual e moral e adoeceu em razão das situações vivenciadas no hipermercado. Narrou que o assédio sexual foi praticado por um colega de trabalho. Contou que o assediador falava sobre a sua boca ao dizer que “era até pecado olhar para ela, pois desejava o que não podia fazer”, além de citar sonhos eróticos com a colega na presença de outros funcionários. Fonte: (2022, TRT18)

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DADOS

Gráficos baseados em pesquisa

A seguir será apresentado o gráficos com base na pesquisa de campo realizada pelos pesquisadores: Felipe e Guilherme. A pesquisa baseia-se em cinco perguntas feitas para pessoas inseridas no mercado de trabalho e com carga e experiência sobre o assunto.

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Taxa de pessoas que denunciaram ou acusaram quando sofreram o assédio moral em suas ocupações profissionais

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Pesquisa sobre os causadores do assédio moral no mercado de trabalho. Aprofundando-se na hierarquia.

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Taxa de pessoas penalizadas por realizar o assédio moral em seus trabalhos. Evidência-se 74% de não penalizados

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Pesquisa sobre a quantidade de pessoas que já sofreram algum de assédio em seus empregos. Deu-se a maioria de pessoas que já sofreram em 60%

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Pesquisa sobre a opnião de atuantes do mercado de trabalho sobre o aumento ou declínio de casos de assédio moral no futuro do mercado de trabalho.

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Estudos

Analises de estudiosos sobre o tema

Carla de Fátima Nascimento Queiroz de Paula

Jornalista

As pesquisas acadêmicas sobre o assédio moral começaram a ganhar maior visibilidade na década de1990, embora Freitas tenha destacado que o problema do assédio no trabalho seja considerado tãoantigo quanto o próprio trabalho. Os resultados das primeiras pesquisas da época mostraram que oassédio moral é um fenômeno destrutivo do ambiente de trabalho, e que seus impactos não só reduziama produtividade e aumentava o absenteísmo, como também geravam danos psicológicos, algunsirreversíveis para a vida do trabalhador

Governo Federal

A título de ilustração, o pesquisador Roberto Heloani (2011) publicou um artigo denominado “Adança da garrafa: assédio moral nas organizações”. Pelo título do texto, é possível seridentificadas as atrocidades praticadas no ambiente de trabalho de empresas brasileiras, impostasaos seus funcionários. O autor revela ainda que é comum a vivência de situações vexatórias ouobscenas dentro das organizações, como literalmente obrigar os trabalhadores a dançarem a “dança dagarrafa” ou, até mesmo, se submeterem a insultos e humilhações, como se vestirem de fantasias edesfilar pela empresa ou maquiarem-se de forma ridícula.

Aprofunde-se

Liliana Andolpho Magalhães Guimarães

Psicóloga

O assédio psicológico no trabalho não é um problema exclusivo de determinados países, mas umfenômeno generalizado. No entanto, os dados disponíveis, os estudos realizados e as iniciativasadotadas advêm quase que exclusivamente dos países mais desenvolvidos, basicamente os europeus,Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia, os quais possuem maiores recursos parainvestimentos em pesquisas desta natureza (Suárez, 2002).

Astor Castro Barbosa Neto

Escritor

O assédio moral no trabalho tornou-se um tema crescentemente presente nos tribunais, gerando umasignificativa quantidade de demandas processuais no Poder Judiciário e, em especial, no SuperiorTribunal do Trabalho. A Justiça do Trabalho emerge como o recurso primário para aqueles que buscamreparação diante do desrespeito aos seus direitos trabalhistas, decorrente da exposição repetida asituações humilhantes no ambiente laboral (GUILLAND et al., 2023).

Orientadoras

Professoras responsáveis pela atividade

Cíntia Pinho

Professora de Interfaces Web

Amanda Chagas

Professora de Língua Portuguesa